sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Porque não escrever?

Todos nós somos escritores, todos nós nascemos poetas. Na frequência certa e com a carga emocional adequada todos nós poderemos cavar a densa camada de terra bafienta de mágoas e alegrias que nos envolve e por vezes nos sufoca, até às mais obscuras reminiscências do ser luminoso que em nós habita. Todos nós somos aventureiros descobridores que, assim queiramos, facilmente poderemos explorar e a nu expor os mais íntimos e secretos desejos da nossa inquieta(nte) alma, desejos esses tão bem guardados por quatro paredes e uma pequenina janela, mas que jorram de dentro com a intensidade e a força imponentes de uma opulenta cascata, perante o olhar incrédulo do singelo salmão, a que nós tão vulgarmente chamamos vergonha.

Bem vindo ao meu blog

Nada de expectável cerca a criação deste espaço. Com muita pena minha não o criei com um objectivo nobre e puro ou com algum propósito superior. Apenas pretendo despir a minha mente de confusões e pensamentos abalroadores que tantas vezes me podem desviar e impedir de livremente beber da simplicidade e espontaneidade da vida. Acho que em tempos alguém chamou a isto terapia pela escrita, provavelmente não se enganou e sabia do que falava.
Aqui pretendo ficar-me a conhecer melhor e desejo sinceramente poder usufruir, nem que seja só mais um pouco, de paz de espírito e de discernimento espiritual que, espero, possam advir deste processo.

Não prometo regularidade, não garanto actualizações frequentes, nem actualidade em notícias ou jornalismo ao mais alto nível. Apenas pensamentos e sentimentos. Mais pensamentos que sentimentos. Talvez só pensamentos e por vezes um ingénuo e singelo sentimento solitário. Ou talvez uma torrente de sentimentos com vida própria desprovidos de razão e consciência, crus e selvagens como os dentes e as garras de um leão, que apenas são ameaçadores momentaneamente e somente para a sua presa, num dado ponto do universo, com certas e precisas coordenadas temporais e espaciais. A seguir está tudo bem outra vez e a vida continua na selva de emoções que constitui a banalidade da vivência do dia-a-dia.

Olá, eu sou o Nuno e este é o meu blog.
Mais preto no branco não há, mais transparente que o céu é difícil, mais leve que o ar não é palpável, mais brilhante que o diamante é o teu sorriso. Basta olhares para o sol ou espreitares para dentro de ti.